Seca, estiagem prolongada, já somam-se 90 municípios da nossa Bahia que decretaram estado de emergência devido ao evento que ora ocorre causando sérios prejuízos à agricultura, pecuária, e as famílias rurais.
Até quando vamos ter que aturar esse fenômeno climático natural já tendo como certo todos os anos, isso é notório é fato, servindo como matéria nacional nas TVs, manchetes, redes sociais, em clamou público. Na década de 70 esse ciclo era chamado de o Flagelo da seca, aí apareciam as frentes emergenciais de trabalho ” políticas ” A Sudene era o pai e a mãe, os políticos se aproveitavam dessa miséria, o assistencialismo e paternalismo era o carro chefe dos políticos nas suas bases, enfim, a exploração da miséria dos moradores do campo, que além de terem a safra agrícola perdida, não tinham outra alternativa a não ser de ter que trabalhar arduamente no sol escaldante, cálido e abrasador, ganhavam uma miserável ajuda das frentes de trabalho criado pelo governo Federal para escavar tanques de barro, limpezas de aguadas e abrir estradas nas suas comunidades rurais.
Infelizmente, até hoje não existe uma política pública contínua que viesse a atenuar esse fenômeno cruel e dolorido, apenas alguns investimentos e paliativos que não resolvem o problema da seca, ainda falta muita coisa para o homem ter a certeza da sua convivência e sobrevivência com a seca. Enquanto não adotarmos as propriedades rurais de infraestrutura de segurança hídrica, instalações, equipamentos, melhorar e aumentar as reservas de alimentos para salvaguardar os rebanhos, difícilmente iremos acabar de uma vez por todas com essa problemática..
Chamar a atenção, no nosso caso de Paulo Afonso e região que decretaram estado de emergência pública, justifica estarmos situados as margens da maior bacia hidrográfica do nordeste, o rio da Integração nacional, o São Francisco e ainda termos de convivermos com essa situação? Carros pipas, cestas básicas, Garantia Safra? etc..
Os perímetros irrigados de Paulo Afonso capengandos, na maioria improdutivos, sem mostrar sustentabilidade, precisando serem revitalizados para que possam produzir alimentos e gerar renda e empregos. Entra governo e sai governo, e continua a mesma coisa, políticos somente aparecem quando acontece o evento, muitos com sentimentos de piedade, porque temos que fazer isso e aquilo, usam do argumento que irão marcar audiência com os ministérios e governadores, a mesma ladainha de sempre, tudo no leve engodo para se aparecerem perante o público como o pai da criança. Porque não preparar essas áreas críticas com projetos consistentes e sustentáveis?
Já estamos super atrasados, vamos lá, temos pressa e urgência. Ações concretas já, pra ontem e contínuas.
Existem poços tubulares perfurados a anos, dias, necessitando de instalação. Essas medidas eram pra terem acontecidas a muito tempo atrás, pois temos a seca como certa, isso é fato. A descapitalização dos mines, pequenos e médios agricultores familiares é público e notório. Já tivemos sêcas piores do que essa, mais não há vontade política para amenizar e acabar com esse sofrimento.
O Balcão Conab é uma das principais alternativas na venda de milho a preço subsidiado para se fazer a ração. Em Ribeira do Pombal existe esse balcão, porque Paulo Afonso não poderia ter um entre posto? tem que ser implantado de maneira fixa, e sem burocracia, facilitando o acesso livre dos agricultores, ou seja, tem que se tornar uma realidade.
Os agentes financeiros de fomento de crédito da nossa região já era para estarem operando com linhas de apoio para aquisição de ração animal, palma forrageira, bagaço de cana, silagem e feno, etc.. com juros subsidiados. Precisamos mostrar o nosso potencial já esquecido a décadas.
Necessário uma política pública responsável, social e ambientalmente justa, continua e democrática. “No nosso sertão tudo se tem e se cria, se faltar a gente inventa”