Paulo Afonso-BA: Unidade do Mona e da Esec do ICMBio realizam operação conjunta e coíbe captura de espécies em extinção

O Monumento Natural do Rio São Francisco (AL/BA/SE) e a Estação Ecológica Raso da Catarina (BA) realizaram, neste mês, uma operação de fiscalização conjunta nas unidades de conservação e em suas zonas de amortecimento. O objetivo foi coibir a captura e manutenção em cativeiro de espécies como o tatu-bola e a Arara-Azul-de-Lear e a mineração e extração de madeira ilegal.

Esta foi a segunda ação conjunta realizada entre as Unidades de Conservações neste ano. “A tática vem dando certo e trazendo resultados bastante importantes para ambas as unidades”, afirmou, Emerson Leandro de Oliveira, chefe do monumento natural.

Durante a realização de uma das operações de fiscalização no monumento natural, as equipes de fiscalização se deslocaram para o interior da UC por uma de suas estradas vicinais com o objetivo de verificar os locais com incidência de fauna silvestre em cativeiro levantados na base de dados da unidade, em horários e dias alternados.

No Povoado Cruz, localizado no entorno da UC, foi constatada na varanda de uma residência a existência de espécies da fauna silvestre no interior de gaiolas e viveiro. Entre elas estavam várias aves, como galo-de-campina,
pássaro preto, tico-tico, cardeal, chofreu, papa-capim, xexéu, sabiá e canário. O proprietário da residência não soube informar a origem das espécies da fauna silvestre, que não apresentavam anilhas. Os pássaros foram apreendidos e a equipe de fiscalização adotou os procedimentos legais necessários. Os animais foram soltos nas proximidades do entorno da UC e 20 gaiolas e o viveiro foram destruídos.

“Esse tipo de fiscalização em conjunto fortalece as equipes e garante uma maior abrangência da operação e mais visibilidade pela sociedade, possibilitando que mais pessoas sejam alertadas para não cometerem ilícitos ambientais”, afirmou Emerson Leandro.

O chefe da Esec Raso da Catarina, Tiago Almeida, acrescentou: “As atividades devem ter continuidade para inibir esse tipo de ilícito ambiental. Além disso, aliadas às operações, deve-se buscar ações de caráter educacional, pois há também uma questão cultural antiga que levam as pessoas a criarem pássaros em cativeiros”.