Quase seis anos depois dos assassinatos do ator Rafael Miguel e de seus pais, João e Miriam, a Justiça de São Paulo julgou Paulo Cupertino, acusado de ser o responsável pelos disparos.
Em 2019, Rafael tinha 22 anos e namorava Isabela, filha de Paulo Cupertino, que era contra o relacionamento. Diante das restrições para que Rafael e Isabela se encontrassem, João e Miriam procuraram Cupertino para uma conversa. Durante este encontro, os três foram assassinados.
Na sala de audiência onde o juiz comandou a sessão, à esquerda estava a acusação, representada pelo Ministério Público, e, à direita, a defesa dos réus. Os parentes das vítimas se posicionaram nas primeiras fileiras.
O Conselho de Sentença, formado por sete pessoas comuns, é que decidiu se o réu é culpado ou inocente.
Paulo Cupertino, apesar das provas, negou ser o responsável pelos assassinatos.
“Impossível eu ter cometido esse crime. Eu não tenho que pedir perdão, tá? Porque nunca carrego isso no meu coração. Eu não tenho pesadelo, não sonho, não tenho arrependimento. Porque não vem a imagem de eu matando o Rafael, a senhora Miriam e o senhor João”, afirmou. Os depoimentos aconteceram na quinta (29). Na sexta (30), dois promotores e um assistente de acusação, o advogado que representa a família de Rafael, falaram ao júri. Os advogados de defesa também. Os jurados votaram, e o juiz leu a sentença: “Estabeleço a pena definitiva de 98 anos de reclusão”. Paulo Cupertino foi condenado por triplo homicídio com qualificação por motivo torpe e por impossibilitar a defesa das vítimas. O que disseram as testemunhas Isabela, filha de Paulo Cupertino, relatou o passo a passo do dia do crime, cometido em uma rua da Zona Sul de São Paulo, onde ela e a mãe moravam e onde ficava a loja de autopeças de Cupertino. “Ele abriu a porta muito nervoso. Me puxou pelo braço e me jogou para dentro de casa. Foi o momento em que o Rafael segurou o portão e falou: ‘Não, vamos conversar’. Eu ouço meu pai dizendo: ‘Conversar nada’. E após essa fala, foi o momento em que ouvi os disparos”. Rafael, João e Miriam foram assassinados com vários disparos — Rafael levou sete tiros. Os três morreram sem qualquer chance de socorro. Depois do crime, Paulo Cupertino fugiu. Depois de Isabela, a mãe dela, Vanessa, falou ao júri. As duas disseram na sessão que Cupertino era controlador e violento dentro de casa. Ao ser questionada sobre as agressões de Cupertino, Vanessa confirmou que teve a costela quebrada três vezes do lado esquerdo e duas do lado direito; e o nariz, mais quatro vezes. O que disse Paulo Cupertino Diante do júri, Paulo Cupertino afirmou: “Nunca na minha vida eu tive conhecimento do Rafael, da senhora Miriam e do senhor João, tá?” “Seria o maior privilégio da minha vida ter conhecido o Rafael. Então, foi vetado. Não por mim, porque eu nunca proibi. Eu nunca soube que a Isabela namorava”, disse. Segundo Paulo Cupertino, uma outra pessoa atirou contra a família. “Eu não fui covarde por ter matado o senhor João e a dona Miriam, eu fui covarde porque eu poderia ter evitado. Quando eu vi a cena, o vagabundo, o infeliz que tava lá, que cometeu isso… Eu tinha força suficiente. ‘Ah, Paulo, mas você corre’. Eu não saio correndo, saio andando.” Para o promotor da Justiça de São Paulo Rogério Zagallo, a versão de Cupertino é “absolutamente fantasiosa”. “Ele se coloca na condição de testemunha de uma execução de três pessoas, não tenta impedir, não presta socorro, não ajuda, não faz nada”, afirma Zagallo. No júri, o acusado se defendeu dizendo que “no dia dos fatos, não estava armado”. Cupertino tinha porte e registro de suas duas armas, um revólver calibre 38 e uma pistola 380. A arma do crime era uma pistola calibre 380. Para a acusação, dois cartuchos encontrados pela perícia na cena do crime são provas contra Cupertino. “Esse é um dos principais elementos que nos convenceu de que, efetivamente, foi o Paulo o autor dos disparos. A pistola calibre 380 ao ser disparada, ela ejeta essas cápsulas”, afirma Rogério Zagallo.
“Impossível eu ter cometido esse crime. Eu não tenho que pedir perdão, tá? Porque nunca carrego isso no meu coração. Eu não tenho pesadelo, não sonho, não tenho arrependimento. Porque não vem a imagem de eu matando o Rafael, a senhora Miriam e o senhor João”, afirmou.
Os depoimentos aconteceram na quinta (29). Na sexta (30), dois promotores e um assistente de acusação, o advogado que representa a família de Rafael, falaram ao júri. Os advogados de defesa também. Os jurados votaram, e o juiz leu a sentença: “Estabeleço a pena definitiva de 98 anos de reclusão”.
Paulo Cupertino foi condenado por triplo homicídio com qualificação por motivo torpe e por impossibilitar a defesa das vítimas.
Isabela, filha de Paulo Cupertino, relatou o passo a passo do dia do crime, cometido em uma rua da Zona Sul de São Paulo, onde ela e a mãe moravam e onde ficava a loja de autopeças de Cupertino.
“Ele abriu a porta muito nervoso. Me puxou pelo braço e me jogou para dentro de casa. Foi o momento em que o Rafael segurou o portão e falou: ‘Não, vamos conversar’. Eu ouço meu pai dizendo: ‘Conversar nada’. E após essa fala, foi o momento em que ouvi os disparos”.
Rafael, João e Miriam foram assassinados com vários disparos — Rafael levou sete tiros. Os três morreram sem qualquer chance de socorro. Depois do crime, Paulo Cupertino fugiu.
Depois de Isabela, a mãe dela, Vanessa, falou ao júri. As duas disseram na sessão que Cupertino era controlador e violento dentro de casa.
Ao ser questionada sobre as agressões de Cupertino, Vanessa confirmou que teve a costela quebrada três vezes do lado esquerdo e duas do lado direito; e o nariz, mais quatro vezes.
Diante do júri, Paulo Cupertino afirmou: “Nunca na minha vida eu tive conhecimento do Rafael, da senhora Miriam e do senhor João, tá?”
“Seria o maior privilégio da minha vida ter conhecido o Rafael. Então, foi vetado. Não por mim, porque eu nunca proibi. Eu nunca soube que a Isabela namorava”, disse.
Segundo Paulo Cupertino, uma outra pessoa atirou contra a família.
“Eu não fui covarde por ter matado o senhor João e a dona Miriam, eu fui covarde porque eu poderia ter evitado. Quando eu vi a cena, o vagabundo, o infeliz que tava lá, que cometeu isso… Eu tinha força suficiente. ‘Ah, Paulo, mas você corre’. Eu não saio correndo, saio andando.”
Para o promotor da Justiça de São Paulo Rogério Zagallo, a versão de Cupertino é “absolutamente fantasiosa”.
“Ele se coloca na condição de testemunha de uma execução de três pessoas, não tenta impedir, não presta socorro, não ajuda, não faz nada”, afirma Zagallo.
No júri, o acusado se defendeu dizendo que “no dia dos fatos, não estava armado”. Cupertino tinha porte e registro de suas duas armas, um revólver calibre 38 e uma pistola 380. A arma do crime era uma pistola calibre 380.
Para a acusação, dois cartuchos encontrados pela perícia na cena do crime são provas contra Cupertino. “Esse é um dos principais elementos que nos convenceu de que, efetivamente, foi o Paulo o autor dos disparos. A pistola calibre 380 ao ser disparada, ela ejeta essas cápsulas”, afirma Rogério Zagallo.