Comumente em tempos de crise as pessoas procuram respostas nos mais variados lugares. Desta forma, é também comum buscarem essas repostas na religião. O que pensam as religiões sobre a crise sanitária com alto nível de letalidade como o Covid-19?
Na experiência da pluralidade religiosa, a priori, os seguimentos buscam confortar os corações com palavras de esperança. Cada grupo tem sua tese que explica a causa para tal situação drástica. Essas causas variam entre pagamento punitivo de algum erro ou pecado, um “apocalipse”, uma purificação humana, uma advertência divina ou até mesmo o fim do mundo.
Em se tratando da religião majoritária praticada no Brasil, o cristianismo, as reflexões nos seguimentos católicos, evangélicos e protestantes também ganham contornos semelhantes. A questão é: no que acreditar?
Enquanto a ciência e a tecnologia tentam resolver o problema, cabe a religião simplesmente trazer o conforto, a esperança, a graça, o amor e a bondade para perto das pessoas. Não é seu papel julgar o momento, mas tornar o homem melhor para enfrentar o momento.
Crer em Deus é fundamental para o conforto da alma, principalmente, porque nos deparamos com a morte de forma muito dura. Afinal de contas, toda época teve seu apocalipse, suas “punições inexplicáveis existenciais” e dores mortais. Assim, o cristão crê que Deus é real, que possuímos um espírito imortal e que existe vida após a morte.
Nesse caso, o é essencial consiste na esperança da ressurreição. Passamos por essa vida e estamos sujeitos a toda sorte de situação, boa ou ruim, contudo, com a esperança da vida eterna.
Finalmente, a experiência da vida ganha a continuidade na ressurreição com a vida em Deus num Reino de justiça, paz e alegria sem dores ou morte.
Assim é a doutrina e a dogmática. Assim cremos…
Sidney Cerzar Ferreira, é professor, teólogo e historiador, pastor e pré candidato a vereador em Paulo Afonso Bahia