O professor Dackson Pereira vem se destacando por sua criatividade do “Mundo Poético”. Dackson descobriu mais um potencial em seu currículo, pois, vários poemas feitos pelo professor vem agradando em suas aparições nas redes sociais.
Recentemente o professor Dackson Pereira lançou seu Livro de Cordel contando a história do Grupo Folclórico Os Cangaceiros que representa a cultura do cangaço em forma Carnavalesca, desde sua criação até os dias atuais. Dackson fez uma espécie de laboratório de pesquisa referente ao início da formação do Bloco Os Cangaceiros, após essa pesquisa o professor que já havia feito alguns trabalhos de Cordel, lançou em entrevista ao Programa Diário da Manhã na Rádio Betel FM 104,9 seu Livro de Cordel.
Logo abaixo vocês poderão ver um pouco de seu trabalho literário, que teve início ouvindo as histórias de sua avó, onde criou o “Cordel da Angelita”, no mês de abril participou da promoção realizada pela Casa das Construções onde foi um dos escolhidos por sua referência a uma mensagem em forma de Cordel, parabenizando a referida loja por mais um ano de existência.
Professor Galdino Prestigiando o Livro de Cordel do Professor Dackson Pereira
Professor Dackson, sua avó Dona Angelita e o repórter Francisco Sales
ASSOCIAÇÃO FOLCLÓRICA E COMUNITÁRIA “OS CANGACEIROS DE PAULO AFONSO”
Aqui começo um cordel que trata da trajetória de um grupo carnavalesco que até hoje faz história e esbanja felicidade desde quando esta cidade fazia parte de Glória.
Nossa antiga Paulo Afonso ao meio era dividida. De um lado da cerca, os ricos tinham total boa vida. E os menos favorecidos, do outro lado esquecidos, tocavam bem sua lida.
E dentre essas diferenças posso citar o lazer como algo que nem todos tinham direito de ter. Por conta dessa carência um grupo teve a decência de sua parte fazer.
Se tratava de operários que na CHESF trabalhavam. Viam que no acampamento badalações não faltavam e sendo ou não carnaval bailes, festejos e tal os clubes sempre ofertavam.
Por isso se reuniram dia dois de fevereiro, cinquenta e seis era o ano e a Poty viu seu primeiro bloco de rua brincando, animando e convidando o povo a vir pro terreiro.
Guilherme Luís dos Santos, que era o membro principal, encenava “Lampião” e o resto do pessoal também era batizado com o nome de um finado feito na história real.
Antonio era o “Cascavel” Zé Vicente, o “Gavião”, Tinino era o “Meia noite” Luizão era o “Azulão”. A lista vai se estendendo e eu continuo dizendo um pouco da escalação.
Ze vieira foi “Corisco” Mané criança, o “Arvoredo”, Jaime, como “Jararaca”, também fez parte do enredo. Era o bando da alegria, não reinava a valentia, nem carecia ter medo.
O grande Nelson Ferreira, “Zabele” representou. Já eram vários rapazes quando o bloco iniciou. Mulher ainda não tinha, Então faltava a rainha, Veja só como ficou.
Escolheram um rapaz para provar um vestido. Se tratava de Agenor o cangaceiro escolhido. E assim Maria Bonita com barbicachos e fita encarnou num travestido.
E saiam pelas ruas, como até hoje é feito, devidamente enfeitados e fazendo um som perfeito. Na sanfona e no gogó interpretando um forró pra ninguém botar defeito.
E com o passar dos anos o grupo foi aumentando tanto que deu pra formar a volante e seu comando. E desde essa ampliação o temido Lampião, não sossegou com seu bando.
Trinta e um anos depois criou-se a ssociação numa luta encabeçada por um grande cidadão. Ele hoje é o presidente. Seu Heleno, sua gente nutre por ti gratidão.
Dia trinta do mês nove, dois mil e treze era o ano, Deus levava seu Guilherme pra morar num outro plano. Saudades do capitão, do amigo, do irmão e do grande ser humano.
Jackson Livino assume com o mestre ainda em vida. Wilson Lopes segue em frente comandando em seguida. Júnior cedeu seu talento e Geraldo no momento faz a história ser cumprida.
Conta-se causos reais com bastante ficção, Fruto do imaginário dos que fazem a tradição. O capitão sempre traz seu bando que dança e faz xote, xaxado e baião.
O ilustre Capitão Santos fechava o cerco ao bando. Partiu deixando que Gilson assumisse o comando. E em Angico tudo finda, só não morre essa linda cultura que estou contando